Em janeiro, a confiança dos empresários em relação às condições atuais do setor cresceu 4,5% na comparação com dezembro de 2023. Essa é a primeira taxa positiva após quatro meses. As informações são do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O Icec registrou 109,1 pontos em janeiro, apresentando um aumento de 0,8%, após quatro quedas consecutivas, quando se desconsideram os efeitos sazonais.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o ciclo negativo continuou, marcando uma queda de 8,3%. No entanto, essa é a menor queda desde abril de 2023.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destaca a virada positiva das expectativas dos empresários. “A alta foi puxada pela melhor perspectiva sobre a situação atual na economia e nos setores de comércio e serviços. A alta é uma vitória para a expectativa dos empresários”, avalia.
O subitem Expectativas também registrou um aumento de 0,3% no mês, mantendo estabilidade entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024.
A Expectativa para a Economia registrou crescimento de 1,1%. Para a CNC, os aumentos dos indicadores indicam um ambiente econômico mais favorável percebido pelos empresários, com preços mais atraentes para o consumo e a diminuição das taxas de juros.
“Então a gente tem que comemorar a vitória com uma perspectiva melhor para o setor de comércio brasileiro. Mas ainda tem um ponto de atenção para a gente conseguir garantir que essas altas sejam persistentes ao longo de 2024”, destaca o economista.
Para a empresária Andressa Furtado, fundadora da Agência Mentha, as expectativas para 2024 são positivas. “A expectativa é que as pessoas invistam mais em serviços, compras e que a economia gire de uma forma diferente, de uma maneira mais fácil para a gente conseguir rentabilizar melhor o faturamento da empresa mensalmente. Espero que nós tenhamos mais dinheiro circulando, mais trabalho”, afirma.
Furtado também aponta algumas das maiores dificuldades enfrentadas no empreendedorismo, como burocracia no momento de abrir uma empresa e conta no banco.
“Nós encontramos dificuldades para ter facilidades de crédito. Mas uma das coisas que mais me incomodam enquanto empreendedora, com certeza é mão de obra qualificada. Os profissionais da área, seja ela qual for, não se interessam em se capacitar cada vez mais, não se interessam em investir a camisa da empresa em fazer parte de uma história”, diz.
Para a empresária, após a pandemia e a “grande” quantidade de home office, houve uma mudança da mentalidade dos colaboradores e empresas. “Hoje, nós nos preocupamos muito mais com a entrega e isso faz com que a cultura da empresa, ela fica muito mais distante se você não cria formas de estar mais próximo do seu colaborador”, completa.
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Fonte: Brasil 61