O Maranhão consegue levar internet gratuita e de alta velocidade a 96% de seus municípios e já se prepara para a chegada do 5G. A capital São Luís, primeira a receber a novidade, elabora um Projeto de Lei para as adequações necessárias na implementação da tecnologia que promete revolucionar diversos setores, como educação, indústria e agro.
Prefeito de São Luíz (MA), Eduardo Bride (Podemos) aproveitou o início do leilão do 5G, promovido pela Anatel desde quinta-feira (4), para antecipar em suas redes sociais a novidade. Ele está terminando de formatar Projeto de Lei sobre a chegada da nova tecnologia e deve encaminhá-lo nos próximos dias à Câmara Municipal de Vereadores. O PL busca adequar a legislação da capital maranhense e permitir o recebimento do 5G.
“Hoje está acontecendo o leilão do 5G, tecnologia que vai permitir maior velocidade das redes móveis e de banda larga, deixando tudo interligado e acessível. Nos próximos dias, enviarei Projeto de Lei à Câmara, que vai permitir o uso dessa tecnologia”, comentou o prefeito.
O estado, por meio do Programa de Cidadania Digital, tem a preocupação de levar a conexão ao maior número possível de municípios, com 1.566 pontos de internet instalados, incluindo as zonas rurais. Com a chegada da rede 5G, que é cerca de 100 vezes mais rápida que a 4G, a promessa é de uma democratização ainda maior da conectividade, além de uma grande evolução em diversos setores, como explica o deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP), relator do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados destinado a acompanhar a implementação da tecnologia no país.
“O que a gente espera são essas novas funcionalidades naqueles equipamentos que precisam de altíssima velocidade e baixíssima latência. Então, isso vai ser essencial para a mineração, já temos caminhões autônomos aí nas minas, para a agricultura, onde nós temos já tratores autônomos. Teremos muitos robôs dentro das indústrias, então, todas essas questões precisam do 5G, necessariamente”, destaca Lippi.
Agro e Indústria
No campo, com a tecnologia 5G, além de contar com maquinários autônomos o produtor pode, por exemplo, monitorar as culturas, medir a umidade do solo em tempo real e identificar a necessidade hídrica de uma cultura de grãos, definir parâmetros de irrigação necessários para aquele dia ou para a semana.
No setor industrial, a nova tecnologia deve otimizar os processos e causar uma revolução. Entre os ganhos possíveis estão a melhor adequação do estoque à demanda do mercado, a customização de produtos de forma ágil à necessidade dos clientes, redução de desperdício e consequentemente do custo, aumento da segurança do trabalhador por meio da realização de atividades de risco por máquinas.
Leilão do 5G começou nesta quinta-feira (4) e deve arrecadar R$ 49,7 bi em investimentos
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Segundo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, além de uma melhor conexão ao usuário comum, a nova tecnologia deve promover uma revolução no setor de produção.
“É uma tecnologia que veio para revolucionar uma série de coisas. Que vai nos dar uma maior velocidade, um maior tempo de resposta na transmissão de dados. Não é um impacto tão somente para o cidadão. É um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas, porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não só entre as pessoas, mas, sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, explica.
De acordo com o Ministério das Comunicações, a estimativa é de que as capitais, como São Luís, já tenham acesso à nova tecnologia até meados de 2022. Os demais municípios, de acordo com o número de habitantes, recebem o 5G nos próximos anos.
Fonte: Brasil 61
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