De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, foram notificados 918.773 casos prováveis de dengue no país, sendo a taxa de incidência de 437,2 casos para cada 100 mil habitantes. Os dados apontam que a região Centro-Oeste apresentou a maior incidência com 1.149,5 casos/100 mil habitantes; seguida das regiões Sul, com 929,5 casos/100 mil habitantes; Sudeste com 339,2 casos/100 mil habitantes; o Nordeste com 234,0 casos/100 mil habitantes e o Norte do país com 105,8 casos/100 mil habitantes.
Dengue é uma doença febril grave, causada por um arbovírus – vírus transmitido por picada de insetos, especialmente os mosquitos. Ainda não existem vacinas ou medicamentos para combater a doença que pode, inclusive, levar à morte. Os sintomas da dengue variam de acordo com a pessoa mas, em geral, são dores no corpo, dor de cabeça, falta de apetite e febre maior que 38ºC.
E foram esses os sintomas que a publicitária Nathália Gardini sentiu nas duas vezes em que pegou dengue. “Eu não conseguia nem levantar da cama, o corpo doía muito, principalmente nas articulações. Tudo doía, era difícil levantar, caminhar e no final do dia sempre tinha uma febre que aparecia. Eu não conseguia me alimentar direito, então tudo era muito difícil”, contou.
O mosquito Aedes aegypti precisa de água parada para se proliferar e o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
Por isso, o combate ao mosquito deve ser realizado durante todo o ano, como explica a médica infectologista, Rebecca Saad, que é coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM).
“É fundamental combater o mosquito da dengue, pois ele é o vetor da doença. Não existe dengue sem o mosquito. Então, se eu combato o mosquito, eu passo a não ter casos dessa doença viral na minha redondeza, na minha vizinhança, no meu município. Então é fundamental e não pode acontecer esse olhar para combater o mosquito só perto do verão. Tem que acontecer o ano inteiro para que se possa tirar os criadouros do mosquito ali da região”, destacou a médica.
Cada cidadão pode ajudar a prevenir a dengue eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Medidas simples podem ser adotadas, como substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia; deixar a caixa d’água tampada; cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover do ambiente todo material que possa acumular água.
O penúltimo sábado de novembro foi instituído como o Dia Nacional de Combate à Dengue pela Lei nº 12.235/2010, para mobilizar iniciativas dos governos federal, estadual e municipal e a participação da população com objetivo de combater o vetor da doença – o mosquito Aedes aegypti.
Pandemia da Covid-19
Neste ano, por conta do cenário de pandemia no Brasil, a “Capacitação de profissionais para o uso do Biolarvicida – ESPINOSADE utilizado no controle do Aedes aegypti”, nos estados foi realizada de forma virtual pela Coordenação Geral de Vigilância das Arboviroses do Departamento de Imunização e Doença Transmissíveis do Ministério da Saúde.
A capacitação tem como público-alvo os técnicos das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde envolvidos tanto na gestão quanto na realização direta de ações de controle de doenças transmitidas por Aedes aegypti. O objetivo é capacitar estes profissionais na tecnologia de aplicação, manipulação e segurança no trabalho para o uso do larvicida biológico Natular (Espinosade) no controle larvário usado nas ações de rotina dos programas de controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Fonte: Brasil 61
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