O Governo Federal vai investir R$ 2,8 bilhões para viabilizar a construção da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte (MG), além de obras de modernização e ampliação da Linha 1. O aporte de recursos da União foi formalizado nesta quinta-feira (30) com a sanção do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 15/2021 pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em evento na capital mineira.
“Estamos na semana de 1.000 dias e Minas Gerais tinha que fazer parte dessas nossas viagens pelo Brasil. Mesmo com menos recursos, estamos apresentando mais trabalho para o bem de todos nós. É um momento de alegria para todos vocês e para nós também quando podemos anunciar obras em nosso Brasil, como é esse investimento no Metrô de Belo Horizonte”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro.
Para o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a ampliação do metrô da capital mineira vai significar mais qualidade de vida e menos tempo gasto nos deslocamentos para cerca de 210 mil pessoas que utilizam o sistema de transporte sobre trilhos diariamente, além de outras 50 mil que passarão a utilizar o transporte por meio da Linha 2.
“Quando chegamos ao Ministério do Desenvolvimento Regional, buscamos, mesmo neste quadro de escassez fiscal, apresentar uma alternativa para, finalmente, resolver a questão do Metrô. E essa situação aconteceu. É um investimento vultoso para darmos melhor condição de vida para os brasileiros. É assim que trabalhamos neste País: a favor do povo brasileiro e fazendo o que deve ser feito a favor daqueles que mais precisam”, reforçou o ministro.
“Esse investimento no Metrô de BH, finalmente, se torna uma realidade. É uma melhoria e ampliação no transporte que vai torná-lo mais rápido e de melhor qualidade”, destacou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
O investimento federal é fruto de um acordo alinhado entre os Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR), da Infraestrutura (Minfra) e da Economia (ME) com o Governo do Estado de Minas Gerais em agosto.
O aporte da União será feito por meio da capitalização da Veículo de Desestatização MG (VDMG), empresa que será criada exclusivamente para o processo de desestatização da filial mineira da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que é vinculada ao MDR. A empresa teve a desestatização qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), por meio do Decreto n. 9.999/2019. A elaboração dos estudos necessários ao processo de desestatização e concessão da CBTU em Belo Horizonte está sendo conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além dos recursos do Governo Federal, o Executivo mineiro vai aportar outros R$ 428 milhões – elevando o montante para R$ 3,2 bilhões. Os investimentos totais estão estimados em R$ 3,7 bilhões e serão complementados pela iniciativa privada, que terá o direito de explorar os serviços. A concessão prevê a execução de investimentos para modernização e ampliação da Linha 1 e para a construção de Linha 2.
Sobre as Linhas 1 e 2
A Linha 1 do metrô de Belo Horizonte liga Contagem, na Região Metropolitana, à capital mineira. São 28,1 quilômetros de extensão e 19 estações para passageiros. As intervenções previstas após a concessão envolvem reforma de estações, compra de trens novos equipados com ar-condicionado e diversas atualizações tecnológicas, resultando em melhoria da qualidade do serviço prestado à população, mais conforto, acessibilidade, segurança e maior regularidade nas viagens. Adicionalmente, a Linha 1 será ampliada até a Estação Novo Eldorado, em Contagem, agregando aproximadamente 1 quilômetro à extensão da linha.
Já a Linha 2 deverá ser construída para ligar o Bairro Calafate à região do Barreiro, ambos em Belo Horizonte. Ela terá aproximadamente 10 quilômetros de extensão e sete estações, conectando o Barreiro à Linha 1 na estação Nova Suíça.
Estima-se que, como resultado da parceria entre União, o estado de Minas Gerais e a iniciativa privada, as duas linhas transportem diariamente até 260 mil passageiros. A previsão é que o edital para a concessão das linhas seja divulgado no início do próximo ano.
Fonte: Brasil 61
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