Minerais críticos: protecionismo americano pode gerar oportunidades para o Brasil

Em reunião da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) realizada em Brasília, no dia 25 de fevereiro, o diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Rinaldo Mancin, afirmou que as medidas protecionistas adotadas por Donald Trump, como as tarifas sobre produtos do setor do aço e do alumínio, causam impactos na economia mundial e, em particular, na economia brasileira. Para Mancin, o tarifaço que afeta o Brasil precisa ser profundamente negociado por vias diplomáticas com o governo norte-americano.

Em outro plano, os minerais críticos e estratégicos despertam interesse mundial e o Brasil tem jazidas e reservas de várias dessas substâncias, podendo expandir a produção para se situar como uma das principais fontes a outras nações. “O Brasil é considerado um país estável para se construir e manter corrente de comércio e relações diplomáticas, não se envolve em conflitos com outras nações, além de contar com atrativos importantes, a exemplo da energia majoritariamente de fontes limpas”, afirmou Mancin aos parlamentares e empresários convidados pela FPE.

Os Estados Unidos também se encaixam entre os que demandam minerais críticos do Brasil, especialmente para defesa e desenvolvimento de novas tecnologias. Mancin lembrou que, com a corrida por minerais estratégicos, plantas de mineração no Brasil têm sido alvo de aquisição por grupos estrangeiros, caso da produção de níquel da Anglo American Brasil e de estanho da Mineração Taboca por chineses.

“É preciso que o Brasil se beneficie ao máximo dessa entrada de capital, além de ser necessária a adoção de políticas públicas que estimulem a expansão da mineração em todas as suas etapas, desde a pesquisa geológica, o que passa por um necessário debate envolvendo os poderes legislativo e executivo”, defendeu Mancin.

A reunião foi conduzida pelo presidente da FPE, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), e contou com a presença de vários parlamentares federais. Além de Mancin, o economista, cientista político e diplomata Marcos Troyjo também analisou os impactos da fase inicial do governo Trump. Também participou pelo IBRAM Elena Renovato, coordenadora de Relações Institucionais.

Pixel Brasil 61

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