Monitor do PIB-FGV aponta retração de 1,2% na atividade econômica em abril

De acordo com o Monitor do PIB-FGV, há uma retração de 1,2% na atividade econômica em abril, na comparação com março. Na comparação interanual, em comparação a março de 2022, a economia cresceu 3,0% em abril. No trimestre a economia cresceu 3,8%. 

Segundo especialistas da Fundação Getúlio Vargas, tanto o crescimento registrado no primeiro trimestre não deve ser analisado de forma tão otimista, assim como a queda de 1,2% no mês não deve ser analisada de forma tão pessimista. Na verdade, esta retração era esperada, pois o desempenho econômico em fevereiro e março foi muito acima da média, devido à produção da soja. 

Grande parte da produção da soja acontece no primeiro trimestre. A queda em abril apenas sinaliza que a colheita da soja tende a ser menor a partir do segundo trimestre. 

Os principais entraves da economia para o segundo trimestre persistem com juros elevados e menor fôlego para o setor de serviços, em comparação com o ano passado, afirmam os especialistas da Fundação Getúlio Vargas. 

Por setores, o consumo das famílias cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2023. Havia uma tendência de queda desta taxa desde final de 2022. 

A formação bruta de capital fixo (FBCF), que corresponde ao investimento na economia, cresceu 0,3% no trimestre. O segmento da construção civil e outros seguem tendência de alta, porém o segmento de máquinas e equipamentos teve retração de 3,1%, sendo esta a quarta retração consecutiva. Há pior desempenho para o segmento de caminhões e ônibus. 

Para as exportações de bens e serviços, há alta de 4,8% no trimestre. Destaques ficam por conta da exportação de produtos da extrativa mineral, agropecuária e serviços. 

Por sua vez, há uma contribuição negativa ou praticamente nula para os bens de consumo, bens de capital e bens intermediários. 

As importações cresceram 3,5% no trimestre móvel, com destaque para todos os setores que contribuíram para esse resultado, à exceção da importação de produtos agropecuários e de extrativa mineral. Para estes, há autosuficiência produtiva brasileira. 

Fonte: Brasil 61

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