O clima de insegurança tem se tornado uma constante preocupação dos moradores do perímetro da Operação Canguçu. A ação teve início com o ataque a uma transportadora de valores em Confresa (MT), no dia 9 de abril. Do Mato Grosso, os criminosos fugiram para o Tocantins e aterrorizam moradores da zona rural e das cidades de Pium, Marianópolis, Araguacema, Caseara e também a Ilha do Bananal, no Tocantins. O saldo da operação conta com cinco presos e 15 mortos, sendo a maioria do estado de São Paulo, mas também foram identificadas pessoas de Pernambuco, Maranhão, Goiás e Pará.
O secretário administrativo de Pium, Paulo Gomes, comenta a situação na cidade, que decretou situação de emergência. “O comércio e os serviços na zona urbana estão funcionando normalmente, na zona rural ficou comprometido, principalmente na comunidade Café da Roça. Como a operação se centraliza na região de Café da Roça e dos assentamentos ficou comprometido os serviços essenciais nessas comunidades”.
Orientações à população
Gomes também destaca recomendações dadas aos moradores da cidade: “A população tem que evitar a circulação nessas áreas de conflito, por orientação do comando da polícia unificada”. “É uma área de risco ainda, existem ainda alguns bandidos que não foram capturados. E temos que aguardar o desenrolar dessa operação. Então nós temos que estar atentos a isso e a gente tem uma linha direta com as comunidades isoladas. a comunidade tem que evitar circular nessas áreas de conflito”, contextualizou sobre a assistência prestada aos moradores da região.
Mobilização
A Operação conta com uma força-tarefa de 350 policiais de Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Pará. O Major Thiago Monteiro, da Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar de Tocantins, destaca que as buscas continuam: “Demos continuidade nas ações de cerco e bloqueio, isso é fundamental, e também fizemos algumas incursões conforme informações de testemunhas, mas não tivemos êxito nas investidas”.
Nos 26 dias de operação, com a prisão de mais um dos assaltantes na última quinta-feira (4), subiu para 20 o número de suspeitos de envolvimento com o crime – somando-se 15 pessoas que morreram na troca de tiros com os policiais, três que foram presas durante os confrontos e outras duas, suspeitas de estarem dando apoio logístico ao bando.
As buscas continuam em uma área de difícil acesso, totalizando mais de 4,6 mil quilômetros de florestas, rios e zona rural de vários estados das regiões Norte e Centro-Oeste do país. Segundo o Major, foi apreendido com o bando um verdadeiro arsenal de guerra – com várias armas calibre 50, granadas, fuzis, munições e até barcos e motores – exigindo da força-tarefa o uso de carros, embarcações e helicópteros.
Fonte: Brasil 61