Dos entupidores da rede de esgoto!
Pois é, parece que muita gente deixou de dar descarga, puxando a folha da bananeira, mas continua com os mesmos hábitos de tudo lançar, no mesmo local, onde dejetam rejeitos do próprio organismo.
É o que diz relatório-desabafo da empresa concessionária do serviço de água e esgoto, no município de Ouro Preto. Além da carga natural, à qual se destina o sistema de esgotamento, por este desce todo tipo de material, desde o papel higiênico convencional, passando outros nem tanto, além de absorventes, camisinhas, bitucas de cigarros, sobras de comida e, acredite se quiser, até roupa, pois já foi encontrada uma calça jeans inteirinha!
Desse jeito não há como o cocô seguir seu caminho e atingir seu destino, enquanto se desfaz na água que o move. Nascido num tubo, lá dentro, em que não pode haver obstáculos, deve seguir por outro, cá fora, também sem que nada o impeça… ou nós outros nos danamos!
“As redes de esgoto foram feitas para transportar água suja, sim, mas não para aguentar uma enxurrada de objetos sólidos. Esgoto não é depósito de lixo”, reclama, furibundo, Evaristo Bellini, o xerife da Saneouro. E ele tem razão.
No meu modesto entendimento, a civilização só se instalou quando foram inventados o vaso e o consequente sistema de esgotamento sanitário, constituindo-se isso na mais importante conquista humana, não importando toda a sofisticada tecnologia alcançada e ainda por alcançar.
Entretanto, parece haver uma turma do contra, que quer a tudo subverter, deixando de lado o antigo ditado: cada macaco no seu galho! Para onde vai cocô, só cocô deve ir! NGB